Plano de
Marketing
A
seguir detalharemos um plano de marketing em todas suas etapas. Este modelo é
sugerido por Philip Kotler:
I.
Sumário
Executivo
Em uma grande empresa todos os projetos devem ser submetidos à aprovação da sua alta administração, logo o sumário executivo consiste em um breve resumo do plano proposto, com as principais metas e recomendações, direcionando a administração da empresa com o propósito de uma rápida avaliação, de modo que haja um conhecimento prévio do objetivo preestabelecido, das metas a serem seguidas e da forma mais viável para uma realização objetiva e acima de tudo satisfatória do plano de marketing.
O Sumário Executivo deve conter de forma clara os dados concernentes a situação da empresa, produto e todos os pontos que serão a base de trabalho para o objetivo esperado, tais como: Para cada meta de lucro de tal valor, seria necessária uma meta de vendas em relação ao ano anterior e por consequente uma maior participação no mercado respectivo. Sendo que para essa finalidade será preciso determinadas melhorias como preço, propaganda e distribuição; levando em consideração o orçamento de marketing exigido e qual a margem de aumento ou contenção em relação ao plano anterior.
II.
Situação
Atual de Marketing
A empresa deve determinar não apenas quais necessidades servir, mas também as necessidades de quem servir. A maior parte dos mercados é grande demais para que uma empresa possa fornecer todos os produtos e serviços necessários a todos os compradores naquele mercado. Precisa-se de alguma delimitação de recursos, sendo assim, precisa selecionar mercados-alvo.
Os mercados variam no seu grau de heterogeneidade. Em extremo, há mercados compostos de compradores que são muito semelhantes em seus desejos, exigências e reações às influências de marketing. No outro extremo encontram-se os mercados compostos de compradores que procuram qualidades e/ou quantidades substanciais de produtos diferentes.
Ao querer entrar no mercado a empresa deve tomar algumas decisões, tais como:
- Determinar
aqueles atributos por meio dos quais identificará a possível existência de
segmentos de mercados distintos, ou seja, um processo de se identificar
grupos de compradores com diferentes desejos ou necessidades de compra;
- Determinar
o tamanho e o valor dos vários segmentos de mercado;
- Determinar
como as marcas existentes estão posicionadas no mercado, que seriam
identificados e descritos em termos de tamanho, metas, participação de
mercado, qualidade dos seus produtos, suas estratégias de marketing e
outras características necessárias para compreender suas intenções e
comportamento;
- Observar
os segmentos de mercado que não estão sendo servidos ou que estão servindo
inadequadamente pelas marcas existentes, apresentando dados sobre a dimensão
e a importância de cada canal de distribuição;
- Determinar
as características correlatas de segmentos atraentes, tais como:
- Características
Geográficas
Buscam critérios geográficos, tais como nações, estados, municípios, cidades e outros, reconhecendo os potenciais de mercado e os custos pertinentes a cada região, determinando mercados que poderiam servir melhor. - Características
Demográficas
Buscam variáveis demográficas tais como idade, o sexo, a renda, a profissão etc. São variáveis de bases mais populares para se distinguir os agrupamentos mais significativos de mercado, onde algumas das razões seriam as necessidades dos consumidores ou taxas de uso que são geralmente muito associadas com estas variáveis. Outra razão é que são mais fáceis de medir do que os outros tipos de variáveis. - Características
Psicográficas
As variações psicográficas se referem ao indivíduo e seus aspectos tais como seu estilo de vida, personalidade, motivos de compra, conhecimento e utilização do produto, devido aos indivíduos dentro do mesmo grupo exibir traços amplamente diferentes.
Com
isso, buscar-se-ão métodos eficientes de acesso a esses segmentos, de acordo
com suas características. Segundo Kotler, precisamos ainda definir os segmentos
atraentes. O mero fato de que um segmento de mercado não está sendo servido ou
que está, porém, de maneira pobre, não é suficiente.
III.
Análise das
Oportunidades
A oportunidade de marketing da empresa é uma área de importante ação mercadológica em que a mesma desfruta de uma vantagem diferencial.
A chave da oportunidade de marketing da empresa repousa sobre a questão de se ela pode fazer mais por essa oportunidade ambiental que os seus concorrentes. Consideremos as seguintes hipóteses:
- Toda
oportunidade ambiental tem alguns requisitos para o sucesso;
- A
empresa tem características especiais, isto é, coisas que pode fazer
especialmente bem;
- A
empresa provavelmente se aproveitará de uma vantagem diferencial na área
de uma oportunidade ambiental se suas características particulares satisfizerem
aos requisitos para o sucesso da oportunidade ambiental de forma mais
eficaz que a sua concorrência potencial.
Obs.:
Oportunidades ambientais - há inúmeras oportunidades ambientais disponíveis em
qualquer economia, desde que haja necessidades insatisfeitas. A empresa deve
analisar as várias oportunidades que o ambiente oferece, tomando cuidado com as
ameaças que podem interferir nos seus projetos, por exemplo:
Oportunidades
- O
mercado mostra interesse em um determinado tipo de produto que a empresa
ainda não produz, mas tem capacidade para desenvolvimento com qualidade e
preço;
- Existem
parceiros no mercado dispostos a lançar e distribuir o produto;
- Existe
um cliente disposto a comprar uma grande quantidade do produto.
Ameaças
- A
concorrência está lançando um produto similar com mesma qualidade e preço
mais baixo;
- Os
consumidores estão comprando em lojas que a empresa tem pouca
participação;
- A
concorrência saiu na frente com forte campanha promocional
Análise
de Forças / Fraquezas.
Aqui
a empresa precisa conhecer seus pontos fortes e fracos. Exemplos:
Forças
- A
empresa possui uma marca forte e imagem de qualidade;
- Revendedores
bem preparados e treinados para vendas;
- Excelente
rede de assistência técnica.
Fraquezas
- O
produto da concorrência tem qualidade ligeiramente superior ao da empresa;
- A
concorrência está investindo o dobro em promoções;
- O
produto da empresa não está bem situado no mercado como os demais.
IV.
Objetivos
Os objetivos como planos permanentes traduzem a razão de ser da empresa e para onde devem convergir todos os esforços. E as metas dentro dos objetivos são os alvos específicos a serem alcançados. Todos os demais planos têm como condição de premissa fundamental o objetivo.
Objetivos vagos ou mal enunciados podem acarretar falas fatais na definição de política, de estruturas e de estratégias. E a avaliação do desempenho da empresa mede-se através da consecução de seus objetivos e propósitos.
O objetivo tem-se tornado instrumento de medição da eficácia da aplicação de recursos humanos, físicos e financeiros na empresa. O objetivo compõe-se de três elementos:
- O
atributo específico escolhido como medida de eficiência. Exemplo: lucro;
- O padrão
de escala em que o atributo é medido. Exemplo: lucro bruto;
- A meta é
o valor específico na escala que a empresa procura atingir. Exemplo: 40%
de lucro bruto. Kotler divide os objetivos em dois:
- Financeiros
- que determina objetivos financeiros como taxa de retorno sobre o
investimento, volume de receita, fluxo de caixa, lucro líquido;
- Marketing
- os objetivos financeiros devem ser convertidos em objetivos de
marketing.
A partir dos objetivos financeiros a
empresa vai estabelecer seus objetivos de vendas por unidade do produto, preço
por unidade, sua participação no mercado por faturamento e venda por unidade.
Não basta, todavia, definir objetivos e fixar metas se as políticas da empresa não são convenientemente traçadas, pois é através das políticas que se visa a canalizar as decisões para os objetivos.
Assim, se o objetivo é o lucro e a meta é um lucro líquido de, por exemplo, 15%, as políticas de vendas e de preços devem ser formuladas de forma que levem a empresa a tal resultado. Se a empresa não gostar do rumo que a situação está tomando, terá que redefinir seus objetivos. Os objetivos, no contexto de um plano, têm o sentido mais específico de (1) seleção de mercado específica para a ação empresarial e (2) estabelecimento de metas de vendas específicas. Os primeiros podem ser chamados de objetivos de mercado genérico, que tenta relatar a visão que a administração tem da empresa como produtora de certos produtos para uma visão da empresa como instrumento para a satisfação das necessidades de certos mercados e os segundos objetivos são de meta de vendas que deverão ser estabelecidos de maneira realista, em termos de programas plausíveis.
As metas de vendas deverão ser estabelecidas somente após a consideração dos diversos programas possíveis, conjugados com as condições ambientais que deverão predominar no futuro. O programa que parece mais plausível sugerirá então as metas de vendas para o período.
Não basta, todavia, definir objetivos e fixar metas se as políticas da empresa não são convenientemente traçadas, pois é através das políticas que se visa a canalizar as decisões para os objetivos.
Assim, se o objetivo é o lucro e a meta é um lucro líquido de, por exemplo, 15%, as políticas de vendas e de preços devem ser formuladas de forma que levem a empresa a tal resultado. Se a empresa não gostar do rumo que a situação está tomando, terá que redefinir seus objetivos. Os objetivos, no contexto de um plano, têm o sentido mais específico de (1) seleção de mercado específica para a ação empresarial e (2) estabelecimento de metas de vendas específicas. Os primeiros podem ser chamados de objetivos de mercado genérico, que tenta relatar a visão que a administração tem da empresa como produtora de certos produtos para uma visão da empresa como instrumento para a satisfação das necessidades de certos mercados e os segundos objetivos são de meta de vendas que deverão ser estabelecidos de maneira realista, em termos de programas plausíveis.
As metas de vendas deverão ser estabelecidas somente após a consideração dos diversos programas possíveis, conjugados com as condições ambientais que deverão predominar no futuro. O programa que parece mais plausível sugerirá então as metas de vendas para o período.
V.
Estratégia de
Marketing
A estratégia de marketing apresenta a abordagem ampla de marketing que será usada para atingir os objetivos do plano. Ela é fundamental no processo. Uma estratégia de marketing pode ser elaborada para o estágio de introdução de um produto novo, no estágio de crescimento, no estágio de maturidade e no estágio de declínio do produto.
Estratégia de marketing no estágio de introdução: Ao lançar um produto novo, a administração de marketing pode estabelecer um nível alto ou baixo para cada variável de marketing, como: preço, promoção, distribuição e qualidade do produto. Considerando apenas preço e promoção, a administração da empresa pode seguir uma das quatro estratégias mostradas a seguir:
-
A estratégia de desmatamento rápido consiste em lançar o novo produto a um
preço alto e com elevado gasto em promoção.
Objetivos: maior lucro unitário possível e acelerada penetração no mercado.
Objetivos: maior lucro unitário possível e acelerada penetração no mercado.
-
A estratégia de desmatamento lento consiste em lançar o novo produto a um preço
alto e com pouca promoção.
Objetivos:
maior lucro possível e baixo custo promocional aplicam-se quando mercado e
concorrência são limitados.
-
A estratégia de penetração rápida consiste em lançar o novo produto a um preço
baixo e com alto gasto em promoção.
Objetivos:
acelerada penetração e conquista de maior participação no mercado.
-
A estratégia de penetração lenta consiste em lançar o novo produto a preço
baixo e com pouca promoção.
Objetivos:
maior aceitação no mercado e maior lucro líquido devido aos baixos custos. Estratégia
de marketing no estágio de crescimento: Nesta fase a empresa utiliza diversas
estratégias para sustentar o crescimento rápido do mercado, enquanto possível:
-
Melhorar a qualidade do produto e acrescenta novas características e estilos;
-
Entrar em novos segmentos do mercado;
-
Aumentar a cobertura de mercado e entrar em novos canais de distribuição;
-
Mudar o apelo de propaganda de conscientização sobre o produto para preferência
do produto;
-
Baixar os preços para atrair faixa de compradores sensíveis a preço.
Estratégia
de marketing no estágio de maturidade: Neste estágio algumas empresas abandonam
seus produtos mais fracos. Preferem concentrar seus recursos nos produtos mais
rentáveis e em novos produtos, mas podem estar ignorando o alto potencial que
muitos produtos antigos ainda possuem. As empresas devem sistematicamente
considerar as estratégias a seguir:
Modificação
de mercado: a empresa deve tentar expandir o mercado para a sua marca madura de
três maneiras - Converter não usuários em usuários - Entrar em novos segmentos
de mercado - Conquistar os consumidores dos concorrentes. O volume pode também
ser aumentado convencendo-se os usuários atuais da marca a aumentar sua taxa
anual de uso - Uso mais frequente: convencer os consumidores a usarem mais a
marca. Ex. Tomar suco de laranja em outros horários além do café da manhã. -
Maior uso por ocasião: convencer o usuário a consumir mais o produto em cada
ocasião. Ex. O xampu é mais eficaz com duas aplicações por banho. - Usos novos
e mais variados: a empresa pode tentar descobrir novos usos para o produto. Ex.
Variadas receitas nas embalagens de alimentos.
Modificação
do produto: Os administradores também podem tentar estimular as vendas
modificando as características do produto: - Melhoria da qualidade: aumentando
o desempenho funcional do produto - durabilidade, confiabilidade, velocidade,
sabor, etc. - Melhoria das características: acréscimo de novas características
- tamanho, peso, materiais, aditivos, acessórios, etc. - Melhoria de estilo:
aumentando o apelo estético do produto. - Modificação do composto de marketing:
- Preço - Distribuição - Propaganda - Promoção e vendas - Venda pessoal –
Serviços.
Estratégia
de marketing no estágio de declínio: Uma empresa enfrenta algumas tarefas e
decisões ao lidar com seus produtos antigos. A estratégia de declínio
apropriada depende da atividade e da força competitiva da empresa. Se a empresa
escolher aproveitar o máximo, isso exige a redução gradual de custos do produto
ou negócio e, ao mesmo tempo, a tentativa de manutenção de vendas. Se a empresa
decidir abandonar a marca, pode tentar vendê-la para uma empresa menor e se não
encontrar comprador, deve decidir se liquida a marca rápida ou lentamente. Deve
também decidir sobre o nível de estoque de componentes e sobre os serviços a
manter aos consumidores. Em uma estratégia de marketing devemos levar em
consideração vários fatores a fim de obtermos o máximo de sucesso:
Mercado-alvo:
Através da escolha e do estudo do mercado-alvo a empresa definirá qual o perfil
e segmentos de clientes a ser atingido. Ele pode ser definido por desejos,
poder e atitudes de compra, classe social, sexo, idade, profissão, geografia,
religião etc., ou ainda pela combinação entre os segmentos. Estudando-se o
mercado-alvo podemos também distinguir as necessidades dos clientes: -
Necessidades declaradas: o consumidor deseja um produto barato - Necessidades
reais: o consumidor está interessado em um produto de manutenção barata, não em
seu preço inicial. - Necessidades não declaradas: O consumidor espera bons
serviços do revendedor. - Necessidades de prazer: O consumidor compra o produto
e recebe um brinde ou acessório. - Necessidades secretas: O consumidor deseja
ser visto pelos amigos como alguém de bom senso orientado para o valor do
produto.
Posicionamento:
A empresa deve desenvolver sua imagem, de modo que o mercado alvo compreenda e
aprecie o que ela oferece em relação a seus concorrentes. O posicionamento da
empresa deve ser fundamentado no conhecimento de como o mercado-alvo define
valor e faz escolhas entre as empresas concorrentes. As tarefas de
posicionamento consistem em três etapas. - A empresa identifica as possíveis
diferenças de produto, serviços, recursos humanos e imagem que podem ser
estabelecidos em relação à concorrência. - A empresa aplica critérios para
selecionar as diferenças de seus concorrentes. - A empresa tem que sinalizar
eficazmente ao mercado-alvo como ela se diferencia de seus concorrentes.
Produtos:
A empresa deve reconhecer a necessidade e as vantagens do desenvolvimento de
produtos e serviços. Seus produtos mais maduros e em declínio devem ser
substituídos por produtos mais novos. Entretanto, os novos produtos podem
fracassar. Os riscos da inovação podem ser tanto elevados quanto
recompensadores. A chave para a inovação bem sucedida reside no desenvolvimento
de pesquisas e procedimentos de decisão bem elaborados em cada estágio do
processo de desenvolvimento do novo produto. O processo de desenvolvimento de
um novo produto consiste em oito estágios: geração de idéias, seleção de
idéias, desenvolvimento e teste de conceito, desenvolvimento da estratégia de
marketing, análise comercial, desenvolvimento do produto, teste de mercado e
comercialização. O propósito de cada estágio é decidir se a idéia deve ser
desenvolvida ou abandonada posteriormente. A empresa deseja minimizar a chance
de as idéias fracas seguirem em frente e as boas serem rejeitadas.
Preço:
Primeiro a empresa tem que decidir sobre o que ela deseja realizar com um
produto específico. Se a empresa selecionou cuidadosamente seu mercado alvo e
posicionamento de mercado, sua estratégia de composto de marketing, incluindo
preço, estará no caminho certo. Por exemplo, se uma empresa fabricante de
veículos de recreação deseja produzir um trailer de luxo para consumidores
ricos, isto implica a cobrança de um preço alto. Assim, a estratégia de preço é
largamente determinada pela decisão anterior de posicionamento de mercado.
Quanto mais claros forem os objetivos de uma empresa, mais fácil ela
estabelecerá seus preços.
Distribuição:
A empresa deve decidir sobre a melhor maneira de estocar e movimentar seus bens
e serviços em seus mercados de destino. A natureza da distribuição envolve
planejamento, implementação e controle dos fluxos físicos de materiais e bens
finais dos pontos de origem aos pontos de uso, para atender às exigências do
consumidor e com o objetivo do lucro. A empresa sabe que a eficácia da
distribuição terá grande impacto sobre a satisfação do consumidor e sobre seus
custos. A distribuição será eficaz quando a empresa processar os pedidos com
agilidade, possuir boa rede de armazenagem, níveis de estoques compatíveis com
a demanda e em sintonia com a rede de varejo (lojas, lojas especializadas,
magazines) e/ou atacado (grande distribuidores), escolher o meio de transporte
adequado e ágil aliados ao controle de custos.
Força
de vendas: É a equipe responsável pelas vendas da empresa, ela é formada
vendedores internos e externos e coordenadas a nível territorial, geográfico,
por setor industrial ou por produto. Desenvolve as estratégias de abordagem
junto ao marketing e se faz valer das promoções de vendas (que veremos abaixo)
para atingir seus objetivos.
Serviços:
A empresa precisa ter consciência da intangibilidade dos serviços e montar uma
estratégia composta de serviços que inclua serviços pré-venda, como orientação
técnica e confiabilidade de entrega, bem como de serviços pós-vendas, como
conserto imediato e treinamento. A empresa tem que decidir entre o composto,
qualidade e a fonte de vários serviços de apoio ao produto exigido pelos
consumidores.
Propaganda:
A tomada de decisão de propaganda envolve um processo de cinco etapas - Fixação
de objetivos: os anunciantes precisam estabelecer metas claras e se a
propaganda destina-se a informar, persuadir ou lembrar os compradores. -
Decisão de orçamento: pode ser estabelecida com base na disponibilidade de
recursos, porcentagem sobre as vendas, paridade competitiva e em
objetivo-tarefa. - Decisão de mensagem: inclui sua geração, avaliação, seleção
e sua execução eficaz. - Decisão de mídia: envolve a definição de cobertura,
frequência e as metas de impacto, escolha entre os principais tipos de mídia,
seleção de veículos específicos de mídia e previsão de mídia. - Avaliação e
eficácia do anúncio: inclui a avaliação da comunicação e os efeitos da
propaganda sobre as vendas, antes, durante e após sua execução.
Promoção
de vendas: A empresa deve escolher entre as várias ferramentas de incentivo que
dispõe em sua maioria em curto prazo, que visa estimular a compra mais rápida
e/ou em maior volume de um produto específico por consumidores ou comerciantes.
Enquanto a propaganda oferece uma razão para a compra, a promoção de vendas
oferecerá um incentivo à compra. - Promoção ao consumidor: amostra grátis,
cupons, descontos, prêmios, brindes, experimentações gratuitas, garantias,
demonstrações, concursos, etc. - Promoção aos intermediários: descontos,
condições especiais de compra, concursos, propaganda cooperativa, etc. -
Promoção para a força de vendas: bônus, concursos, competições de vendas, etc.
- Pesquisa e desenvolvimento: As equipes de pesquisa e desenvolvimento devem
trabalhar conjuntamente com a equipe de marketing durante os projetos, pois
assim a empresa terá a área técnica e mercadológica lado a lado, o que
proporcionará mais qualidade aos produtos em desenvolvimento, pois uma possui o
conhecimento técnico do produto e a outra a necessidade do cliente e do mercado.
Esta cooperação pode ser feita de varias maneiras: - Realizar seminários conjuntos
para discussão das metas e problemas de cada um. - Atribuir o projeto a equipes
funcionais que incluam profissionais de P&D e de marketing. - Manter a
participação de P&D no período de vendas, incluindo seu envolvimento na
preparação de manuais técnicos, participando de feiras, conduzindo pesquisas
juntos aos consumidores e até mesmo fazendo algumas vendas. - Envolver a alta
administração e adotar procedimentos claros para a solução de conflitos. Em uma
empresa, recomenda-se que P&D e marketing se subordinem ao mesmo presidente.
Pesquisa
de marketing: Envolve a coleta de informações relevantes para a empresa, ter
conhecimento das necessidades do seu mercado-alvo, satisfação do cliente,
posicionamento do seu produto comparado com os da concorrência e obter
informações relevantes para um problema específico da empresa. O processo
dividi-se em cinco etapas: - Definição dos problemas e objetivos da pesquisa -
Desenvolvimento do plano de pesquisa - Coleta de informações - Análise das
informações - Apresentação dos resultados. Uma boa pesquisa de marketing é
caracterizada por método científico, criatividade, metodologias múltiplas,
construção de modelo, mensuração do custo/benefício do valor das informações,
ceticismo saudável e marketing ético.
VI.
Programas de
Ação
A estratégia representa as forças amplas de marketing para atingir os objetivos do negócio. Para cada item da estratégia mostrado no tópico anterior deve ser elaborado um programa de ação respondendo as seguintes perguntas. Vamos considerar como exemplo um programa de ação para promoção de vendas: - O que será feito? - Descrever detalhadamente quais tarefas e ações serão executadas, por exemplo, promoções junto a revendedores ou consumidores, concursos, stands de vendas em grandes magazines, sorteios, etc. - Quando será feito? - Definir datas, ou seja, estabelecer período da promoção, justificar por que a escolha daquele período. - Quem fará? - Definir os responsáveis pela ação/tarefa, por exemplo, a forças de vendas de uma determinada região que será coordenada pelo gerente regional em conjunto com equipe de marketing e P&D. - Quanto custará? - Detalhar os custos previstos com a ação/tarefa e justificativas. - Qual o resultado projetado? - Projetar vendas em volume financeiro, unitário por produto, abater custos e projetar o resultado (a seguir).
VII.
Demonstração
de Resultado Projetado
Em paralelo ao plano de ação é necessário que a empresa constitua um orçamento de apoio, ou seja, uma projeção da receita, do custo total e lucro resultante, que consiste em um confronto entre receita com vendas, serviços e despesas, com custo de produção, distribuição e marketing, com a finalidade de um prévio conhecimento do resultado final, que em outras palavras, é o lucro esperado em harmonia com a satisfação do consumidor final. Uma vez o confronto analisado, a empresa fará os ajustes necessários, de modo que o projeto seja o mais lucrativo possível sem alterar a qualidade inicialmente discriminada. Após a aprovação da alta administração, o orçamento será a base para desenvolver planos e programações para compra de materiais, produção, recrutamento de funcionários e operações de marketing. É de suma importância que os dados usados na projeção sejam em fiel valor de mercado, de modo que o orçamento projetado esteja compatível com a realidade e dessa forma obtenha-se o resultado final satisfatório e anteriormente definido.
VIII.
Controle de
Marketing
A última seção do plano delineia os controles para monitorar o desenvolvimento do plano. O acompanhamento é feito periodicamente (pode ser mês a mês, a cada trimestre...), assim a empresa pode analisar o andamento do projeto, monitorando os fatos positivos e negativos e fazendo ajustes no percurso quando necessário. É importante existirem planos de contingência prontos para servirem como antídotos em acontecimentos imprevistos como greves, guerra de preços, lançamentos de novos produtos pela concorrência, assim a empresa e sua equipe estarão prontos para enfrentar possíveis dificuldades. O controle de marketing é a seqüência natural do planejamento de marketing.
A empresa precisa exercer pelo menos
três tipos de controle:
1- Controle estratégico: é realizado
por meio de um instrumento conhecido como auditoria de marketing, que é um
exame periódico, abrangente, sistemático e independente do ambiente de
marketing da empresa, do sistema interno e das atividades específicas de
marketing. O propósito da auditoria é determinar as áreas de problemas de
marketing e recomendar um plano de ação corretiva para aprimorar a eficácia global
do marketing da empresa.
2- Controle do plano anual: é a
tarefa de administrar os esforços e resultados atuais de marketing, a fim de
certificar que as vendas anuais e os objetivos de lucros serão alcançados. Os
instrumentos principais são: a análise de vendas, as análises de participação
no mercado, as proporções de despesas em relação às vendas, outras proporções e
determinação de atitudes.
3- Controle de lucratividade: é a tarefa
de determinar a lucratividade real das diferentes entidades de marketing, tais
como o produto da empresa, as zonas, os segmentos de mercado e os canais de
comercialização. O instrumento principal é a análise dos custos de marketing.
Responsabilidades
1- Controle estratégico: Responsabilidade
principal: Alta administração; Propósito do controle: Examinar se a empresa
está procurando suas melhores oportunidades em relação a mercados, produtos e
canais. – Instrumento: Auditoria de marketing
2- Controle de plano anual -
Responsabilidade principal: Alta administração, média administração; Propósito
do controle: Examinar se os resultados planejados estão sendo alcançados –
Instrumentos: Análise de vendas; Análise de participação no mercado; Proporção
de vendas sobre as despesas; Determinação de atitudes.
3- Controle de lucratividade:
Responsabilidade principal: Controller de Marketing; Propósito de controle:
Examinar onde a empresa está ganhando e perdendo dinheiro – Instrumentos:
Lucratividade por: produto, zona, segmentos de mercado, canais de
comercialização, tamanho de pedido.
O Conceito de Controller de Marketing:
Algumas empresas estão começando a pensar nas possíveis vantagens de se criar a
posição do controller de marketing, como um ocupante que compreenda o
pensamento de marketing e que, no entanto, consiga fazer que uma análise
financeira profunda incida sobre a lucratividade de ações esperadas e passadas
de marketing. Um levantamento realizado Goodman mostrou que: Empresas grandes e
sofisticadas instituíram posições de controle financeiro que, diretamente,
supervisionam a propaganda e, em alguns casos selecionados, as políticas de
marchandising. As principais funções desses indivíduos são verificar as faturas
de propaganda, negociar contratos de agências e desempenhar funções de auditorias,
em relação à agência do cliente e algumas de fornecedores. Baseando nas
discussões de suas idéias com os vários executivos, Goodman destaca os deveres
primordiais para o controller de marketing, tais como: Manter um registro de
adesão a planos de lucro; manter um controle perfeito das despesas de mídia; preparar
orçamentos dos gerentes de marca; avisar sobre o planejamento de tempo ótimo
das estratégias; medir a eficácia das propagandas; analisar os custos de
produção de mídia; avaliar a lucratividade geográfica do cliente; apresentar
relatórios financeiros orientados para as vendas; assistir os clientes diretos
na otimização das políticas de compra e estoque; educar a marca de marketing
quanto a implicações financeiras das decisões.
O conceito de Controller de marketing
é interessante, especialmente em organizações em que o marketing ainda é
praticado mais em sentido de vendas de que de lucros. À medida que futuros
gerentes de marketing aparecem em cena e com maior treinamento em conceitos
financeiros, pode-se esperar que façam mais esse tipo de trabalho com a
possível assistência de especialistas financeiros do Staff de marketing, a fim
de ajudá-los na coleta e análise de dados. Vimos todos os passos que devem ser
tomados para se elaborar um plano de marketing. Este plano envolve todas as
áreas da organização e é preciso que todas estejam em sintonia com os objetivos
da empresas e com as necessidades do mercado-alvo. Além desta sintonia, as
empresas precisam estar atentas à velocidade das mudanças pelas quais o mundo
está passando, os hábitos, necessidades e desejos dos mercados-alvo, pois mudam
conforme a evolução dos produtos e serviços e são cada vez mais exigentes.
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